domingo, 2 de março de 2008

Para a minha puta triste.

Ela bem que tentou.

Ela bem que tentou esquecê-lo. Mas, lógico, que não deu.
Começarei a história do inicio.
Eu tenho uma amiga. E ela ama um all star azul. De cano alto, porque ele era muito estilo. Mas aí vinha o grande problema: esse all star já tinha dona. Um loirinha aguada, metida e chata. Sem sal nem açúcar, muito menos pimenta.
Ela tentou outros all star, quem sabe daria certo, mas não deu.
Ela tentou um loiro, com detalhes azuis, os azuis mais lindo que nós já vimos; ela imaginou como seria levá-lo para casa, no seu pé. Não, não daria certo. Ele não era dela. Ele pertenceria a uma outra garota, mas ele continuaria seu amigo.
Tentou um amarelo, amarelo clarinho clarinho. Mas não deu. Eles brigaram, fizeram as pazes, brigaram e fizeram as pazes. Pra depois, brigar de novo, e ele ir para o Rio. Mais uma tentativa frustrada. Mas ela chegaria lá.
Aí ela pensou ter achado um substituto perfeito. Um all star vermelho. Aaaaah, que all star era aquele, ela suspirava. Conversaram, conversaram e mais conversas. Até que, numa bela sexta à noite, ela o levou para casa.
Não se passaram dois dias, e ela descobriu que não adiantava.
Aquele all star vermelho era legal, bonito e simpático. Mas o all star azul era seu amor.
É, eu tenho uma amiga que ama um certo all star azul.

P.S: texto ta uma droga, eu sei.
P.S: amo vc, minha puta triste.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Mundo.

Eu sou uma pessoa solitária. Sim, eu odeio a companhia alheia. Gosto de fazer as coisas do meu jeito, no meu tempo. Sem comentários, sem exposição das coisas importantes.
Por isto o meu desaparecimento.
Eu não postaria qualquer coisa. Não, não mesmo. Só as coisas que eu achasse que vale a pena. E as coisas são as coisas que eu penso pra escrever, que eu penso pra falar ou penso pra pensar. E eu penso, e muito. É isto o que eu faço, entra as pausas de virar a página do meu caderno de História ou de Química. Eu penso.
Penso na vastidão do mundo e no quão ignorante eu sou perante a sua sapiência;ou sobre os meus amores; ou tentar defenir os propósitos de todas as coisas que estão debaixo deste vasto céu.
Sim, eu penso.
Mas aí vem a minha solidão, o meu pavor de ter um companheito, uma companhia. Alguém que me faça feliz, que eu tenha uma paixão platônica ou física, alguém que me faça rir e pensar e sentir. Aquele pavor avassalador de ser quebrada, de cair aos pedaços.
Por isso eu amo ser sozinhas e as coisas que a minha solidão precavida me permitem. Pensar em segredo absoluto e guardar tudo pra mim. Com todas as restrições.
É por isso que não posto tanto. Não espere de mim textos novos todos dias.
Porque as minhas idéias vêm no meu banho, no meu intervalo ou numa música que eu desconheço.
E eu não me forçaria a ficar uma tarde na frente dessa tela, pra pensar em algo sobre o mundo pra eu escrever.
Porque o Mundo está lá fora.
E é pra fora que eu ma ataco, de cara e coragem.
É pra lá que vou.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Memórias de um diário particular.

Dia 29 de Dezembro de 2.007: Acordamos as quatro da madrugada, estávamos indo embora, deixando o Paraíso para trás, sem olhar pra trás.O que me lembro dessa noite mau dormida foram pernilongos, um colchão fedorento, chão sujos e alguns insetos, e a pele ardida pelo sol em excesso. Quatro e meia, passávamos em frente do Banana Jhou, deixávamos São Francisco do Sul. Sua praias que eu decorei, que eu confessei meus maiores segredos e medo, sua ondas, suas casas há tão pouco familiares, amigos que ficarão pra sempre na memória e seu Sol. A viagem foi uma sucessão de risos sobre os maus tratos recebidos, sambas e cochilos doloridos. E duas imagens na minha cabeça: minha casa. E o Anjo do Desejo.
Tarde: ccj, vi o Allan, conversas vazias e risos falsos. Mas o pensamento em duas cidades litorâneas, São Francisco e Guarujá. Em dois homens pelo quis estou terrivelmente apaixonada.
Eu sinto uma guerra ocorrer atrás das minhas costas. Dos anjos, o Anjo da Paixão e o Anjo do Desejo. Lutavam sedentos pela minha mente e enquanto não vitória nem derrota, eu sinto um vazio agradável. E um sorriso bobo. Muito bobo. Eu não mais penso em quem está á 1.200km de distância ou á 500m. Deixarei a cabeça de um Anjo rolar e outro erguer, imponente, sua espada para o Céu. Sem interferir. E enquanto isso, finjo que nada acontece.
“Levanta daí, guria.” Essa frase ficará pra sempre na memória.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Dias Dourados.

Janeiro acabou. Aquele cheiro de virgindade também. A vida começou, e com ela todas as cobranças. Eu quero todos esses dias de volta. Ser como uma criança num campo de flores, ser pura.
Cansada de escutar os acordes de uma música velha, e todas as repreensões já não fazem mais efeito nem sentido. Eu ainda sinto o cheiro entorpecente no meu cabelo e a minha pele ainda sente o doce toque do sol matutino, aquele calor agradável. Aquela valsa ainda baila na minha cabeça.
Conversas vendo o mar, com o pôr do sol na nossa frente; nos sorrindo, nos dizendo para sermos felizes, ele ainda estava lá.
Amores fantasiados, pensamentos eloqüentes que nunca sairão da cabeça ou do papel, beijos no pescoço; ou um violão e várias músicas, uma frase e diversas lágrimas.
Janeiro acabou, com a pureza. E aquele cheiro de virgindade...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Meu grande e primeiro amor.

Sinto-me uma pessoa melhor perto dele. Contemplo-o com grande admiração, por vários minutos dourados;eu vejo o sorriso em seus lábio. Não me seguro; saio correndo para seus braços. E para seus lábios. Afogo-me em seus afagos; seu corpo contra o meu; sinto-o devagar, forte, poderoso e imponente; percebo toda a vastidão do seu ser.
Seus carinhos percorrendo meu corpo, sem pudor ou pressa, fortes, levando-me em seu balanço, vou e volto ao seu compasso. Deixo-me ir, nem percebo nem me prendo, solto-me.
Juntando corpo e alma; logo sinto a cabeça livre, sem preocupações ou dores; a exaustão toma conta do meu corpo. Ida e volta, sinto-o em cada poro da minha pele; com olhos fechados e boca entreaberta. Um breve momento de pausa, para começar em seguida, devagar e cuidadoso, com carinho e paixão; contemplação e ódio sentidos em um só segundo. Seus carinhos me percorrendo. Recobro os sentidos, sinto as ondas batendo, inexplicáveis.
Olho para o céu e vejo o sol se pôr. Olho para frente, enxergo meu melhor amante, sem armar para me ferir, aberto para qualquer confissão, pronto para receber meu choro, ausente para quantas horas de pura contemplação que forem necessárias, gentil. Meu grande e primeiro amor, o Mar.
Agradeço-lhe por afagar meu cabelo nas horas em que chorei dentro de ti; por escutar meus gritos em silêncio; por juntar meu corpo e alma quando precisei; por me fazer cair em exaustão; por me fazer chorar, sentindo ou observando sua dança infinita.
Obrigada.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Milagre da Vida.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente. Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Amor.

Dizem que até Deus tem um inferno: seu Amor pelos homens.
Amor. Afinal, o que é o Amor?
Os especialistas o classificam em três. Eros, Philos e Ágape. Três palavras gregas.
Eros. Aquele sentimento entre duas pessoas. Existem dois tipos de Eros; o Eros Bom e o Eros Mau. O primeiro é quando as duas pessoas constroem algo junto, suas vidas juntas. O segundo é quando ambos se sentem roubados em sua maneira própria de amar. Sendo bom ou mau, Eros nunca é igual em cada pessoa, ele é sempre diferente. E ninguém, não, absolutamente ninguém, pode ficar sem ele. Todos tem a necessidade premente de senti-lo, mesmo que ele nos faça sentir distantes do mundo e trancados na nossa profunda solidão.
Já Philos é o Amor em forma de Amizade. É aquilo que eu sinto por você e pelos outros, é aquilo que você sente por mim e pelos outros. Ou é quando a chama de Eros não mais brilha, e Philos passa a manter os casais juntos.
Ágape está em Eros e em Philos, mas isso é apenas uma frase; Ágape não pode ser falado, pois precisa ser sentido. É o Amor que Devora. O Amor que fez Deus entregar seu único filho, Jesus, para salvar os homens.
Todos nós corremos em busca de Eros, pois precisamos dele pra viver, e quando Eros quer se transformar em Philos, achamos que o Amor é inútil. Sem perceber que é Philos que nos leva até a maior forma do amor, Ágape.
Esse amor maior é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Quem conheceu e o experimentou uma vez, vê que nada mais no universo vale a pena, apenas Amar. Várias pessoas foram tomadas por esse amor eloqüente. Elas tinham tanto para dar – e o mundo pedia tão pouco - que foram obrigadas a buscar os desertos e os lugares isolados, porque o Amor era tão grande que as transfigurava. Viraram os santos ermitões que hoje nós conhecemos.
Aliás, nem sei porque eu escrevo isso. Porque eu acredito piamente que quem começa a entender o Amor, ou a explicá-lo, a qualificá-lo, até a quantificá-lo, já não mais ama.