quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Memórias de um diário particular.

Dia 29 de Dezembro de 2.007: Acordamos as quatro da madrugada, estávamos indo embora, deixando o Paraíso para trás, sem olhar pra trás.O que me lembro dessa noite mau dormida foram pernilongos, um colchão fedorento, chão sujos e alguns insetos, e a pele ardida pelo sol em excesso. Quatro e meia, passávamos em frente do Banana Jhou, deixávamos São Francisco do Sul. Sua praias que eu decorei, que eu confessei meus maiores segredos e medo, sua ondas, suas casas há tão pouco familiares, amigos que ficarão pra sempre na memória e seu Sol. A viagem foi uma sucessão de risos sobre os maus tratos recebidos, sambas e cochilos doloridos. E duas imagens na minha cabeça: minha casa. E o Anjo do Desejo.
Tarde: ccj, vi o Allan, conversas vazias e risos falsos. Mas o pensamento em duas cidades litorâneas, São Francisco e Guarujá. Em dois homens pelo quis estou terrivelmente apaixonada.
Eu sinto uma guerra ocorrer atrás das minhas costas. Dos anjos, o Anjo da Paixão e o Anjo do Desejo. Lutavam sedentos pela minha mente e enquanto não vitória nem derrota, eu sinto um vazio agradável. E um sorriso bobo. Muito bobo. Eu não mais penso em quem está á 1.200km de distância ou á 500m. Deixarei a cabeça de um Anjo rolar e outro erguer, imponente, sua espada para o Céu. Sem interferir. E enquanto isso, finjo que nada acontece.
“Levanta daí, guria.” Essa frase ficará pra sempre na memória.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Dias Dourados.

Janeiro acabou. Aquele cheiro de virgindade também. A vida começou, e com ela todas as cobranças. Eu quero todos esses dias de volta. Ser como uma criança num campo de flores, ser pura.
Cansada de escutar os acordes de uma música velha, e todas as repreensões já não fazem mais efeito nem sentido. Eu ainda sinto o cheiro entorpecente no meu cabelo e a minha pele ainda sente o doce toque do sol matutino, aquele calor agradável. Aquela valsa ainda baila na minha cabeça.
Conversas vendo o mar, com o pôr do sol na nossa frente; nos sorrindo, nos dizendo para sermos felizes, ele ainda estava lá.
Amores fantasiados, pensamentos eloqüentes que nunca sairão da cabeça ou do papel, beijos no pescoço; ou um violão e várias músicas, uma frase e diversas lágrimas.
Janeiro acabou, com a pureza. E aquele cheiro de virgindade...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Meu grande e primeiro amor.

Sinto-me uma pessoa melhor perto dele. Contemplo-o com grande admiração, por vários minutos dourados;eu vejo o sorriso em seus lábio. Não me seguro; saio correndo para seus braços. E para seus lábios. Afogo-me em seus afagos; seu corpo contra o meu; sinto-o devagar, forte, poderoso e imponente; percebo toda a vastidão do seu ser.
Seus carinhos percorrendo meu corpo, sem pudor ou pressa, fortes, levando-me em seu balanço, vou e volto ao seu compasso. Deixo-me ir, nem percebo nem me prendo, solto-me.
Juntando corpo e alma; logo sinto a cabeça livre, sem preocupações ou dores; a exaustão toma conta do meu corpo. Ida e volta, sinto-o em cada poro da minha pele; com olhos fechados e boca entreaberta. Um breve momento de pausa, para começar em seguida, devagar e cuidadoso, com carinho e paixão; contemplação e ódio sentidos em um só segundo. Seus carinhos me percorrendo. Recobro os sentidos, sinto as ondas batendo, inexplicáveis.
Olho para o céu e vejo o sol se pôr. Olho para frente, enxergo meu melhor amante, sem armar para me ferir, aberto para qualquer confissão, pronto para receber meu choro, ausente para quantas horas de pura contemplação que forem necessárias, gentil. Meu grande e primeiro amor, o Mar.
Agradeço-lhe por afagar meu cabelo nas horas em que chorei dentro de ti; por escutar meus gritos em silêncio; por juntar meu corpo e alma quando precisei; por me fazer cair em exaustão; por me fazer chorar, sentindo ou observando sua dança infinita.
Obrigada.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Milagre da Vida.

Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.

Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente. Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

Albert Einstein.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Amor.

Dizem que até Deus tem um inferno: seu Amor pelos homens.
Amor. Afinal, o que é o Amor?
Os especialistas o classificam em três. Eros, Philos e Ágape. Três palavras gregas.
Eros. Aquele sentimento entre duas pessoas. Existem dois tipos de Eros; o Eros Bom e o Eros Mau. O primeiro é quando as duas pessoas constroem algo junto, suas vidas juntas. O segundo é quando ambos se sentem roubados em sua maneira própria de amar. Sendo bom ou mau, Eros nunca é igual em cada pessoa, ele é sempre diferente. E ninguém, não, absolutamente ninguém, pode ficar sem ele. Todos tem a necessidade premente de senti-lo, mesmo que ele nos faça sentir distantes do mundo e trancados na nossa profunda solidão.
Já Philos é o Amor em forma de Amizade. É aquilo que eu sinto por você e pelos outros, é aquilo que você sente por mim e pelos outros. Ou é quando a chama de Eros não mais brilha, e Philos passa a manter os casais juntos.
Ágape está em Eros e em Philos, mas isso é apenas uma frase; Ágape não pode ser falado, pois precisa ser sentido. É o Amor que Devora. O Amor que fez Deus entregar seu único filho, Jesus, para salvar os homens.
Todos nós corremos em busca de Eros, pois precisamos dele pra viver, e quando Eros quer se transformar em Philos, achamos que o Amor é inútil. Sem perceber que é Philos que nos leva até a maior forma do amor, Ágape.
Esse amor maior é o amor total, o amor que devora quem o experimenta. Quem conheceu e o experimentou uma vez, vê que nada mais no universo vale a pena, apenas Amar. Várias pessoas foram tomadas por esse amor eloqüente. Elas tinham tanto para dar – e o mundo pedia tão pouco - que foram obrigadas a buscar os desertos e os lugares isolados, porque o Amor era tão grande que as transfigurava. Viraram os santos ermitões que hoje nós conhecemos.
Aliás, nem sei porque eu escrevo isso. Porque eu acredito piamente que quem começa a entender o Amor, ou a explicá-lo, a qualificá-lo, até a quantificá-lo, já não mais ama.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Uma conversa...

Eu passei horas tentando pensar no post de hoje. Queria mostrar o porquê da criação de “Justine”. Porque, porque, porque! Uma luta que eu estou travando, todos os dias. Mas como lhe mostrar? Saiu assim, sem querer.


.Maah* diz:
Não tem como escrever.
.Maah* diz:
Desisto.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Não desista.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Você pode.
.Maah* diz:
Não dá.
.Maah* diz:
Não consigo.
.Maah* diz:
Sem inspiração. E muita gente no msn.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Fica off.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Agora.
.Maah* diz:
Quel, você esquece que a sua porta tá aberta.
.Maah* diz:
Que você nunca a fechou.
.Maah* diz:
Mas eu o fiz. Há quase dois anos atrás.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Como assim?
.Maah* diz:
Numa pequena poltrona de um avião, voltando pro Brasil.
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Então
Quell ...um outro dia, outro lugar... diz:
Como?
.Maah* diz:
Voltando da disney.
.Maah* diz:
Uma paixão platonica.
.Maah* diz:
Nome: Bruno Bagnoli.
.Maah* diz:
Profissão: Jogador de futebol.
.Maah* diz:
Ele se apaixona por: Tamires, minha irmã.
.Maah* diz:
Uma semana de paixão, delírios e charmes.
.Maah* diz:
Jogados foras.
.Maah* diz:
Doze horas num avião. Uma fileira na frente dele.
.Maah* diz:
Ele e minha irmã juntos. Ela dormindo no seu ombro.
.Maah* diz:
Eu tiro da bolsa uma caneta e um pequeno bloco.
.Maah* diz:
Aquilo era tudo o que eu precisava; tudo o que me bastava.
.Maah* diz:
Um suspiro e várias lágrimas.
.Maah* diz:
Vários poemas tristes, saídos de dentro.
.Maah* diz:
Ele lê e me elogia.
.Maah* diz:
Mas aquilo era tão pouco.
.Maah* diz:
Um elogio. Não era nada. Mas um beijo era tudo o que eu precisava.
.Maah* diz:
Depois daquela viagem, eu fechei.
.Maah* diz:
Escrever, nunca mais.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Quem sou eu?

Ela queria ser Justine, mas acabou Maisa. Queria ser mulher, mas é menina.
Sou a menina que gosta do mar e acha que vira uma pessoa melhor perto dele. Eu sou a garota que aprendeu a ler por absoluto encantamento com a possibilidade de dizer coisas por escrito. Coisas secretas e indizíveis, coisas do amor e da paz.
Sou, para vocês, Justine, a Justa. Esqueçam a parte da guria chamada Maisa. Já tenho um diário para o meu dia-a-dia. Mas é aqui que eu coloco os meus sentimentos.
Eu sou apaixonada por sentimentos. Sentimentos loucos, tontos e bobos. Sentimentos sentidos. Tal como o Amor, a Dor, o Desejo e o Arrependimento. Porém não necessariamente nessa ordem.
Sou uma vigarista de marca maior. Sou uma menina que vira e mexe perde a cabeça por segundos e se arrepende por horas. Sou chata, ranheta e intragável e nem sei como tenho tantos amigos. Sorte, vai ver. Mas de uma coisa eu sei: quem gosta de mim, me ama. Quem não gosta, me odeia. Porque, além de tudo, eu sou oito ou oitenta; radical quanto à gostar ou não.
Sou cheia dos mistérios. Sou morena. Sou brasileira classe média. Sou estudante de crachá e amante nas horas que me restam.
Sou tantas mulheres-garotas que nem sei qual sou. Sou uma que dizem que suporta bem seu crime, que é Amar. Porque eu sou feita pro Amor, da cabeça aos pés, assim como todas as mulheres, e eu me doou como tão poucas.
Sou aquela que depende da ocasião, odeia meio termo. “Ele é seu namorado?”, ele perguntou. ”Mais ou menos”, ela respondeu. Diz que é uma transa sem compromisso, que é um caso sem sentimento. Diz tudo, menos “mais ou menos”. Ou é, ou não é.
Sou aquela que depende da ocasião, usa o meio termo. “Ele é seu namorado?”, ele me perguntou. “Mais ou menos”, eu lhe respondi.
Sou aquela que fala mal das suas amigas, na frente e nas costas; nessa ordem, necessariamente. Mas só eu falo mal das minhas amigas, afinal, elas são minhas amigas; e não sua, nem dela e nem dele.
Sou aquela que diante um grande Amor, foge. O Amor é a maior arma de dor dos homens. Isso eu aprendi na teoria e na prática, desde pequena. Comigo e com as outras.
Porque um Homem não desperta o Amor em uma mulher sem ter a intenção de amá-la. Porém eles são tão raros.
Embora pareça ser tantas, sou só uma. Uma de cada vez, mudando de vez a cada minuto, mas só uma. Porque eu não tenho sido mais você ou mais eu. Eu tenho sido o que mais me convém.