domingo, 13 de janeiro de 2008

Quem sou eu?

Ela queria ser Justine, mas acabou Maisa. Queria ser mulher, mas é menina.
Sou a menina que gosta do mar e acha que vira uma pessoa melhor perto dele. Eu sou a garota que aprendeu a ler por absoluto encantamento com a possibilidade de dizer coisas por escrito. Coisas secretas e indizíveis, coisas do amor e da paz.
Sou, para vocês, Justine, a Justa. Esqueçam a parte da guria chamada Maisa. Já tenho um diário para o meu dia-a-dia. Mas é aqui que eu coloco os meus sentimentos.
Eu sou apaixonada por sentimentos. Sentimentos loucos, tontos e bobos. Sentimentos sentidos. Tal como o Amor, a Dor, o Desejo e o Arrependimento. Porém não necessariamente nessa ordem.
Sou uma vigarista de marca maior. Sou uma menina que vira e mexe perde a cabeça por segundos e se arrepende por horas. Sou chata, ranheta e intragável e nem sei como tenho tantos amigos. Sorte, vai ver. Mas de uma coisa eu sei: quem gosta de mim, me ama. Quem não gosta, me odeia. Porque, além de tudo, eu sou oito ou oitenta; radical quanto à gostar ou não.
Sou cheia dos mistérios. Sou morena. Sou brasileira classe média. Sou estudante de crachá e amante nas horas que me restam.
Sou tantas mulheres-garotas que nem sei qual sou. Sou uma que dizem que suporta bem seu crime, que é Amar. Porque eu sou feita pro Amor, da cabeça aos pés, assim como todas as mulheres, e eu me doou como tão poucas.
Sou aquela que depende da ocasião, odeia meio termo. “Ele é seu namorado?”, ele perguntou. ”Mais ou menos”, ela respondeu. Diz que é uma transa sem compromisso, que é um caso sem sentimento. Diz tudo, menos “mais ou menos”. Ou é, ou não é.
Sou aquela que depende da ocasião, usa o meio termo. “Ele é seu namorado?”, ele me perguntou. “Mais ou menos”, eu lhe respondi.
Sou aquela que fala mal das suas amigas, na frente e nas costas; nessa ordem, necessariamente. Mas só eu falo mal das minhas amigas, afinal, elas são minhas amigas; e não sua, nem dela e nem dele.
Sou aquela que diante um grande Amor, foge. O Amor é a maior arma de dor dos homens. Isso eu aprendi na teoria e na prática, desde pequena. Comigo e com as outras.
Porque um Homem não desperta o Amor em uma mulher sem ter a intenção de amá-la. Porém eles são tão raros.
Embora pareça ser tantas, sou só uma. Uma de cada vez, mudando de vez a cada minuto, mas só uma. Porque eu não tenho sido mais você ou mais eu. Eu tenho sido o que mais me convém.

2 comentários:

AR disse...

Você me ensinou a ser eu mesma. Me ensinou que amigos também dizem eu te amo. Me ensinou a me encontrar. Me mostrou meus vícios.
Te devo uma vida, Justine.
Texto lindo.
Amoo você.

Jôka P. disse...

Bem-vinda à "blogolândia", Maisa/Justine !
Um beijo e tudo de bom pra você, tá !
;)