domingo, 20 de janeiro de 2008

Meu grande e primeiro amor.

Sinto-me uma pessoa melhor perto dele. Contemplo-o com grande admiração, por vários minutos dourados;eu vejo o sorriso em seus lábio. Não me seguro; saio correndo para seus braços. E para seus lábios. Afogo-me em seus afagos; seu corpo contra o meu; sinto-o devagar, forte, poderoso e imponente; percebo toda a vastidão do seu ser.
Seus carinhos percorrendo meu corpo, sem pudor ou pressa, fortes, levando-me em seu balanço, vou e volto ao seu compasso. Deixo-me ir, nem percebo nem me prendo, solto-me.
Juntando corpo e alma; logo sinto a cabeça livre, sem preocupações ou dores; a exaustão toma conta do meu corpo. Ida e volta, sinto-o em cada poro da minha pele; com olhos fechados e boca entreaberta. Um breve momento de pausa, para começar em seguida, devagar e cuidadoso, com carinho e paixão; contemplação e ódio sentidos em um só segundo. Seus carinhos me percorrendo. Recobro os sentidos, sinto as ondas batendo, inexplicáveis.
Olho para o céu e vejo o sol se pôr. Olho para frente, enxergo meu melhor amante, sem armar para me ferir, aberto para qualquer confissão, pronto para receber meu choro, ausente para quantas horas de pura contemplação que forem necessárias, gentil. Meu grande e primeiro amor, o Mar.
Agradeço-lhe por afagar meu cabelo nas horas em que chorei dentro de ti; por escutar meus gritos em silêncio; por juntar meu corpo e alma quando precisei; por me fazer cair em exaustão; por me fazer chorar, sentindo ou observando sua dança infinita.
Obrigada.

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